Resumo da Obra
A obra Principezinho foi escrita por Saint-Exupéry.
A obra fala de um rapaz que se chama Principezinho,
Ele tem o cabelo loiro, é pequeno e vive no asteróide B-612. Neste planeta existem três vulcões (dois activos e um extinto) e uma flor pela qual ele tem uma grande estima. Esta personagem tem um cuidado especial com o cuidado da sua terra. Isso vê-se bem quando ele arranca as ervas daninhas, principalmente os embondeiros (estas são árvores com tamanho enorme que nem uma manada de elefantes consegue comer). Existe também uma flor que é muito vaidosa, bonita, faladora e mentirosa, porque fez com que o principezinho acreditasse que ela era a única no mundo.
Um dia, o Principezinho decide fazer uma viagem para conhecer outros mundos. Ele visita os planetas de um Rei, de um Bêbado, de um Vaidoso, de um homem de Negócios, de um acendedor de Candeeiros e de um geógrafo. Cada planeta era habitado apenas por um habitante e todos os planetas eram pequenos. De todos os planetas visitados apenas deu importância ao do acendedor de candeeiros pela utilidade da sua profissão.
O último planeta visitado foi o do planeta terra, por indicação do geógrafo. Ele encontra-se no deserto do Sahara e aí fala com uma serpente, que lhe diz que com o seu veneno o pode levar até às estrelas. Fala também com a raposa que lhe ensina o significado da palavra cativar (que quer dizer criar laços). Ele torna-se amigo da raposa, mas começa a sentir saudades da sua flor, porque a viu nascer, crescer, regou-a, tapou-a da brisa do vento com um biombo e protegeu-a do frio da noite com uma redoma de vidro. Apesar da saudade, ele sentiu-se triste e enganado pela sua flor, que lhe tinha dito que ela era única no mundo. Porem existiam milhares de flores iguais a ela.
Ele passou um ano no deserto com o aviador que estava ali a tentar consertar uma avaria no seu avião.
Passado esse ano de estadia na terra, o Principezinho volta às estrelas devido à mordedura da serpente e a pedido do menino loiro.
Toda esta história foi narrada pelo piloto de avião, seis anos após o acontecido.
A RAPOSA E O PRÍNCIPE
"E foi então que apareceu a raposa:
__Bom dia,disse a raposa.
__Bom dia,respondeu polidamente o principezinho,que se voltou,mas não viu nada.
Eu estou aqui,disse a voz,debaixo da macieira...
__Quem és tu?perguntou o principezinho.Tu és bem bonita...
__Sou uma raposa,disse a raposa.
__Vem brincar comigo,propôs o principezinho.Estou tão triste...
__Eu não posso brincar contigo,disse a raposa.Ainda não me cativaram .
__Ah!desculpa,disse o principezinho.Após uma reflexão,acrescentou:
__Que quer dizer "cativar"?
__Tu não és daqui,disse a raposa.Que procuras?
__Procuro os homens,disse o principezinho.Que quer dizer "cativar"?
__Os homens,disse a raposa,têm armas e caçam.Criam galinhas também.
É a única coisa interessante que eles fazem.Tu procuras galinhas?
__Não,disse o principezinho.Eu procuro amigos.Que quer dizer "cativar"?
__É uma coisa muito esquecida,disse a raposa.Significa "criar laços...".
__Criar laços?
__Exactamente,disse a raposa.Tu para mim não passas de um menino igual a outros cem meninos.E eu não preciso de ti.E tu não precisas de mim.
Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas.
Mas se tu me cativares,nós precisamos um do outro.Serás para mim único no mundo.
E eu serei para ti única no mundo...
__Começo a compreender,disse o principezinho...Existe uma flor...eu creio que ela me cativou...
__É possível,disse a raposa.Vê-se tanta coisa na Terra...
__Oh!não foi na Terra,disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
__Num outro planeta?
__Sim.
__Há caçadores nesse planeta?
__Não.
__Que bom.E galinhas?
__Também não.
__Nada é perfeito,suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua ideia:
__Minha vida é monótona.Eu caço galinhas e os homens caçam-me a mim.Todas as galinhas são iguais
e todos os homens também são iguais.E por isso me aborreço um bocado.Mas se tu me cativares, a
minha vida será cheia de sol.Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros.
Os outros passos fazem-me entrar debaixo da terra.O teu ira chamar-me para fora da toca,como se fosse música.
E depois,olha!Vês lá longe,os campos de trigo?Eu não como pão.O trigo para mim é inútil.Os campos de
trigo não me fazem lembrar nada.E isso é triste!Mas tu tens cabelos cor de ouro.Então será maravilhoso
quando me tiveres cativado.O trigo,que é dourado,fará lembrar-me de ti.E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
__Por favor...cativa-me!disse ela.
__Bem quisera,disse o principezinho,mas eu não tenho muito tempo.Tenho amigos a descobrir e muitas coisas para conhecer.
__Nós só conhece-mos bem as coisas que cativamos,disse a raposa.Os homens não têm tempo de conhecer nada.Compram tudo prontinho nas lojas.Mas como não existem lojas de amigos,os homens não têm amigos.Se tu queres um amigo,cativa-me!
__Que é preciso fazer?perguntou o principezinho.
__É preciso ser paciente,respondeu a raposa.Tu primeiro sentas-te um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu olho-te para o canto dos olhos e tu não dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia que passa ,te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
__Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo ,às quatro da tarde,desde as três que eu começarei a ficar feliz.Quanto mais se aproximar a hora,mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas então,estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!"