Percepção Social
Definição:
Estudo da forma como formamos as nossas impressões
sobre outras pessoas e sobre como fazemos inferências
sobre elas.
Qual a sua importância?
- Dão sentido ao mundo social que nos rodeia (permite o
controlo sobre o mesmo);
-Influencia as nossas decisões sobre a interacção com
outras pessoas;
- Parte do processo de estruturação do nosso
conhecimento sobre o mundo social (formação dos nossos
esquemas mentais);
Temos a capacidade de formar impressões de maneira
rápida
- Comunicação não-verbal
- É um aspecto importante da percepção social;
- Funções: Expressar emoções; transmitir atitudes; comunicar traços
de personalidade; e facilitar a comunicação verbal ;
- Expressões faciais de emoções são codificadas por
todos os seres humanos;
- Emblemas visuais (sinais com as mãos);
- Comportamento não verbal em interacções sociais;
- Há diferenças de género na leitura de mensagens não verbais;
Teorias implícitas de personalidade
Teoria implícita é um esquema mental importante para se dar sentido ao
mundo social
-Definição de traço de personalidade;
- Traços que são semelhantes tendem a ser atribuídos à pessoa;
- Há impacto cultural: tipos de teorias implícitas de personalidade comumente aceite na
cultura (ex: malandro);
Usamos as nossas estratégias cognitivas;
- Heurísticas: Acessibilidade na memória influencia a formação de teoria implícita de
personalidade;
Atribuição Causal
Fritz Heider foi um dos primeiros psicólogos sociais a sistematizar estudo em percepção social.
- Necessidade de determinação de padrões perceptivos
- Atribuição de características duradouras aos objectos da percepção:
-características disposicionais dão noção de predição do que ocorrerá;
- Definição da diferenciação da percepção de objectos e de pessoas:
- a atribuição de intencionalidade às pessoas;
- única informação possível é o comportamento de outras pessoas
Atribuição de Causalidade
Definição:
- Estudo da maneira como inferimos a causa do comportamento de
outras pessoas;
Psicologia ingénua ou do Senso Comum:
- Somos ‘detectives’ do comportamento dos outros;
-Buscamos explicação sobre o comportamento;
Tipos de atribuição:
- Interna: motivos do comportamento são disposições;
- Externa: motivos são externos ao indivíduo;
Modelos teóricos sobre como é formada a atribuição de
causalidade
Inferência correspondente (Jones e Davis, 1965):
- Descrever o processo de atribuição interna a partir de comportamentos correspondentes;
- Processo alicerçado em comparação: escolhas feitas pelas pessoas X acções alternativas;
- Efeitos não comuns das consequências da escolha menos numerosos = atribuição
interna mais simples;
- Tipos de expectativas também contam para a inferência:
-baseadas na categoria: o que temos da pessoa de acordo com o grupo de referência
-baseadas no alvo: expectativa de comportamento baseada nos actos passados do indivíduo
Covariação (Kelley, 1967)
Como o indivíduo decide se faz atribuição interna ou externa?
Aplica-se a muitos casos de comportamento.
Tipos de informação:
-Consenso: comportamento em relação ao mesmo estímulo;
-Distintividade: como a pessoa reage a outros estímulos;
-Consistência: entre comportamento do indivíduo e o mesmo estímulo ao longo do tempo;
Combinação de fontes leva ao tipo de atribuição:
- Interna: consenso e distintividade baixos e consistência alta;
- Externa: todos altos;
-Situacional (circunstancial): consistência baixa;
Esquemas Causais:
-Proposição posterior do autor;
Erro fundamental de atribuição
-Esquema geral difundido: pessoas fazem o que fazem devido ao tipo de
pessoas que são:
-noção de atribuição interna como elemento básico de explicação do comportamento;
-Explicação do comportamento é dirigido para a pessoa e não para o
comportamento;
-Não sabemos como a pessoa interpreta sua situação para explicar o comportamento;
-Saliência perceptiva auxilia na explicação do erro fundamental:
-informação visual;
-Cultura também afecta este processo atribucional:
-colectivismo X Individualismo;
Diferença entre actor e observador:
-Auto-atribuições mais situacionais ;
Atribuições interesseiras:
-Ocorrem com auto-estima ameaçada:
-Internas quando se saem bem;
- Externas quando mal;
-Auxiliam a defesa de situações de vulnerabilidade e mortalidade:
-Optimismo irrealista: Ex: auto-justificação para o acto de fumar
-Defendem-nos de possíveis coisas negativas;
-Crença no mundo justo: recebem o que merecem;
Não somos tão precisos quanto pensamos que somos:
-Super confiança nas atribuições causais é comum;
Há influência dos atalhos mentais que utilizamos:
-Esquemas;
-Heurísticas;
Impressões tão precisas quanto teorias sobre o mundo social:
-Temos pouca informação sobre as pessoas;
-Deve-se buscar precisão: profecias auto-realizadoras existem;
Fonte: Docente Rita Barros, Escola Superior de Educação Jean Piaget/ Arcozelo
Campus Académico de Vila Nova de Gaia.